
Passei uma noite inteira mergulhado em sofrimento e muitas lágrimas.
Assim que o sol começou a emitir seus primeiros raios, eu adormeci. Foi um sono muito profundo e acolhedor, como há muitos anos eu não vivia.
Sonhei que ascendi a uma espécie de cosmos espiritual, onde tudo era vivo, caloroso, acolhedor, belo, profundo e pacífico. Neste paraíso esplendoroso, extático, vi que imensos portais se abriam e de lá saiam raios sublimes e refulgentes. Senti arder uma chama interior de tanta alegria. Vi que saia daquele enorme portal um homem, cabelos longos e um olhar calmo e profundo. Olhei novamente e não acreditei. Era Jesus, que vinha falar comigo.
Ao perceber a aproximação de Jesus, chorei, chorei, chorei muito… Estava desconsolado pelas provações da existência mundana, de muita dor e desespero. O Senhor pediu que me sentasse num dos degraus, e pegando um lenço branco, enxugou as minhas lágrimas. Logo depois senti-me alegre, leve e tranquilo. Jesus enxugou minhas lágrimas, e isso me consolou infinitamente… Senti vontade de expressar meu sentimento e disse:
- Senhor, tu me consolaste nesse momento, senti tua presença e isso me basta.
Naquele momento sublime, pude perceber que uma lágrima descia lentamente de um dos olhos de Jesus. “Por que Jesus estaria chorando?” Pensei. Não me contive e perguntei:
- Senhor,jamais imaginei que tu pudesse ficar triste por algo. És o Senhor do nosso mundo. O que ainda pode te entristecer?
Senhor respondeu:
- Sou eternamente feliz. Mas algo ainda me falta.
- O que Senhor? Perguntei.
- Meus filhos junto a mim. Quando você e tantos outros regressarem ao paraíso junto comigo, você enxugará minhas lágrimas de saudade de ti, e aí sim, serei eternamente feliz.
Neste momento vi as portas do paraíso sendo abertas. Jesus havia sumido. Ouvi uma voz vindo de todas as partes e de parte alguma dizendo:
“Estarei te esperando, meu filho”.
Acordei às 6:00 da manhã. Este sonho parecia ter durado uma eternidade, mas apenas 30 minutos se passaram. Levantei da cama, me arrumei para o trabalho, e chorando, pensei:
“Obrigado senhor. A lembrança de tua espera por mim será uma fonte eterna de fé e esperança…”
Autor: Hugo Lapa
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